Não é empreendedor quem quer mas sim quem tem “fogo"
(…) Considera que o empreendedorismo é uma moda? Potenciar esta área é positivo?
Respondo que sim com um pouco de não. O princípio, a ideia, parece-me adequada e correta, já a forma como é desenvolvida já não me parece tão adequada. E peca sobretudo nos mecanismos de apoio, na forma como se educam os jovens empreendedores e empresários na gestão, como são preparados para a vida empresarial. Existe a ideia do tal facilitismo: basta ir a uma feira com a nossa ideia e é logo garantido o sucesso. E não, não basta ter uma ideia, posso até ter um milhão de ideias.
“O click não está na ideia, está na combinação da ideia com o euro, com o dólar, com o yuan, ou outro.”
(…) Sendo uma moda, vai passar ou veio para ficar?
Vai passar, ou melhor, vai transformar-se. Como todas as modas que começam com muita força, canalizam muita gente, e mais tarde também canibalizam. Muitos vão ficar pelo caminho, serão triturados. Acho que o empreendedorismo tem tendência para se tornar profissional, ou seja, não tanto um fenómeno de massas, tornando-se mais eficaz. Não será uma moda, mas sim uma profissão. (…)
Internacionalização
América do Sul é o destino que se segue
(…) O Sendys Group prepara-se para fazer crescer a família dos 10 mil clientes diretos e de implementações em cerca de 30 países, nos cinco continentes.
Para 2017, os planos de internacionalização do grupo, através da Alidata e da Sendys, as duas software houses portuguesas mais antigas que comemoram agora 33 anos, passam pela América do Sul. Mais precisamente pela Argentina, pelo Chile e pela Colômbia. (…)
(excerto da entrevista)
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